Resenha: A Ilha de Bowen por César Mallorquí

 A Ilha de Bowen
Editora: Biruta
Páginas: 524
Nota: 5/5 ♥ 

Sinopse:  Tudo começou com o assassinato do marinheiro Jeremiah Perkins, em um pequeno porto norueguês, e com um pequeno pacote, que ele enviou para Lady Elisabeth Faraday. Mas talvez a história tenha começado quando estranhas relíquias foram descobertas em uma antiga cripta medieval. Foi por causa disso que o mal‑humorado professor Ulisses Zarco resolveu embarcar em uma aventura a bordo do Saint Michel, enfrentando inúmeros perigos e o terrível mistério que envolvia a Ilha de Bowen.




O que esperar de um livro que nos recebe logo com um assassinato de um personagem na introdução? Jeremiah Perkins era um tripulante do Britannia, ele foi assassinado por dois homens, mas antes disso Jeremiah enviou um pacote que tinha como destino a Inglaterra, o que tinha dentro do pacote era desconhecido por ele e lhe causou a morte.

 *     *     *

Samuel Durango é um fotografo que havia mudado-se para Madri a cerca de 5 semanas, o jovem encontrou no jornal um anúncio de uma instituição cientifica denominada SIGMA (Sociedade de Pesquisas Geográficas, Meteorológicas e Astronômicas). O anúncio era um tanto peculiar, dentre os requezitos para o trabalho estavam "frieza e coragem ante o perigo", isso foi o suficiente para chamar a atenção de Samuel fazendo com que o mesmo enviasse o currículo para a empresa. 


Pouco tempo depois Samuel foi convidado para uma entrevista na sede da SIGMA com o professor Zarco. Antes de falar com o professor Samuel conhece Sarah um tipo de secretária do professor e Tomás, seu único filho que ainda é um bebê. Sarah explica a ele sobre como será o trabalho e o que ele terá de fazer. Fala também sobre a remuneração do rapaz, disse-lhe que será bem pago e o valor assustou Samuel mas logo Sarah explicou que após a entrevista com o professor ele pensaria diferente sobre a quantidade. 

Zarco demonstra ser alguém sem escrúpulos, louco, machista e muito autoritário mas também um homem de caráter. Samuel após uma entrevista com o professor foi contratado e passou a ser o novo fotografo da SIGMA. Eles já tinham um expedição marcada, iriam para Venezuela para explorarem os tepuis da Grande Savana. 

Antes mesmo de Samuel oficializar a contratação surge um imprevisto quanto ao destino deles. Duas mulheres chegam a sede da SIGMA para falarem com o professor Zarco. Tratava-se de Elizabeth Faraday e sua filha Katherine. Elas viajaram da Inglaterra até Madrid para explicar ao professor o motivo de sua ida à cidade.


John Foggart é arqueólogo e durante um de seus trabalhos achou fundações de uma igreja bem antiga, pré-românica e após um maior estudo e avaliação do local encontraram uma cripta com o sepulcro de São Bowen e junto da cripta estavam alguns fragmentos de metais. Após o estudo e testes sobre esses fragmentos John comunicou a Elizabeth que iria em uma expedição, mas não disse o destino tampouco a causa de sair de forma repentina e disse que caso algo acontecesse ela procurasse o professor Zarco. 

Zarco ouviu toda a história mas não se sentiu comovido e não achou nenhum motivo para ir a procura de John até que ele descobriu que um dos metais achados na cripta era titânio, titânio 100% puro. - O que era impossível em 1920, época em que se passa a história. 

Após a descoberta a viagem à Venezuela se torna algo do passado, agora Zarco e seus companheiros estão indo ao barco Saint Michel com destino a Cripta de São Bowen para poderem entender todas as descobertas que John fez, quem era São Bowen e qual o paradeiro de John 


A Ilha de Bowen foi o primeiro livro que solicitei de parceria com a editora Biruta, e o único motivo pelo qual eu quis o livro inicialmente foi o tamanho, achei 524 páginas um número elevado de páginas comparado ao que eu leio e decidi ver se o livro me prenderia a cada passar de páginas. Durante a leitura estava com dois pensamentos sobre o livro: "Ou você é um livro muito bom ou muito ruim" Por quê desse pensamento? Bem, são mais de 500 páginas e com isso ou o livro seria muito descritivo e enrolado ou um livro com muito conteúdo. A segunda opção é a correta.

César Mallorquí tem o verdadeiro dom da escrita, conseguiu fazer com que cada parte da história tivesse um vínculo, com que cada personagem tivesse sua importância em momento X da trama. O livro se passa em 1920 e a data foi um dos aspectos que tornaram A Ilha de Bowen um livro tão fascinante, fica claro que o autor fez várias pesquisas sobre os aspectos da época para que não escrevesse qualquer coisa e o final foi o que me deixou mais estupefato porque é inimaginável.

Não tenho do que reclamar desta edição da editora Biruta, a capa está muito bonita e essas ilhas que estão abaixo do nome Bowen tem relação com partes do livro, as mesmas se encontram presentes dentro do livro em algumas páginas. O que acho que pode ser melhorado no livro são as folhas, ler um livro com mais de 500 páginas em folhas brancas pode ser algo bem incomodo para aqueles que tem problema de vista, mas para mim não foi nenhum problema pois a trama é tão instigante que essas quinhentas páginas são claramente esquecidas ao decorrer da história.

Queria ressaltar também que o livro tem as seguintes premiações: Premio Nacional de Literatura Infantil e Juvenil 2013, Espanha; Prêmio Edebé de Literatura Juvenil 2012; Nomeado ao Celsius Award.  

Se tiver a oportunidade de ler esse livro, LEIA! Não pense duas vezes, não terão arrependimentos, mas segurem bem os forninhos porque eles vão cair

11 comentários

  1. Realmente,para o livro que contém mais de 500 páginas tem de ser bom.Muitos enrolam demais.Tenho Sob o Redoma que é um livro enorme,porém o tamanho não me instiga,é mais o medo.

    Adorei a capa e a sinopse do livro,apesar de não ser muito conhecido parece carregar uma grande história.Para receber nota 5,vou pensar em ver os preços e compra-lo,já que irei dedicar minhas férias de inverno para ler livros grandes. Bela resenha.

    www.refensdelivros.blogspot.com.br

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  2. Estou com o livro aqui, e já li várias resenhas elogiando, estou ansiosa para conferir!
    Que bom saber que apesar de ser enorme, o livro mantém um ritmo bom.
    beijo
    www.apenasumvicio.com

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  3. Que bom que o número de páginas não te assustou, gostei de sua indicação, a capa é linda e a obra parece ser bastante instigante. Não conhecia e já quero ler.
    http://www.poesianaalma.com.br/

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  4. Oi, tudo bem?
    Não conhecia o livro, mas já achei interessante o fato do personagem assassinado no inicio, gosto quando isso acontece logo de cara.
    Bjs

    A. Libri

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  5. Adorei conhecer o livro. A premissa, o enredo, tudo me foi bem atrativo. Adorei o fato de o personagem ser fotógrafo e o nome da empresa em que vai trabalhar, tem tudo a ver comigo \o/ \o/... Espero ter a oportunidade de ler, vou colocá-lo na minha lista do skoob. Bjs

    Território nº 6

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  6. Oi,
    Logo que vi que o livro tem 500 páginas esperava ler que ele era um tanto cansativo, muitas vezes os autores acabam se enrolando durante longas histórias, sorte que aqui não acontece isso, gostei muito da resenha, pelo que vi essa é aquela história que devemos ler aos poucos e com certa calma, o autor deve o dom da escrita mesmo.
    Parabéns pela resenha, dica anotada.
    Beijos



    Mari - Stories And Advice

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  7. Oi Ìtalo, eu fiquei curiosa, não tinha reparado em um livro tão extenso da Biruta.
    Fiquei intrigada com a história, sem dúvidas não tem nada de infantojuvenil, né?
    Vou anotar o título para solicita-lo em breve. beijooo
    Conversas de Alcova ❤

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  8. Oi Ítalo, tudo bem?
    Tu conseguiu me fazer ficar curiosa! Adoro suspense e romance policial.. O número de páginas não faz diferença quando a trama é intrincada né? Além disso, adoro ver a desenvoltura de um autor quando a trama não se assa em sua época.
    Super beijos <3
    http://livros-cores.blogspot.com.br/

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  9. Olá, tudo bom?

    Já li umas 4 resenhas desse livro e fico bem curioso em relação a está obra, já que todos os blogueiros que leram, gostaram muito do livro, assim como você. Amo livros ambientados em épocas passadas, o clima do livro fica outra, assim como a escrita, que pelo menos na minha visão, tem que ser um pouco rebuscada.

    Adorei a sua resenha, abraços!
    www.marcasliterarias.blogspot.com

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  10. Oie! Tudo bem?

    Nossa, que capa LINDA! Amei =)
    O enredo me parece bem interessante. Juro que se fosse pra julgar pela capa eu não diria que tinha assassinato no meio. hahaha Nunca tinha lido nenhuma resenha sobre esse livro , mas a sua com certeza fisgou minha curiosidade.

    Beijos,

    Juliana Garcez | Livros e Flores

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  11. Oie, tudo bom?
    Eu adoro o catálogo da Biruta e fico feliz que esse livro tenha te conquistado. Parece ter uma carga histórica interessante e um belo trabalho de pesquisa do autor. A capa também é incrível e muito bonita.
    Beijos,
    http://livrosyviagens.blogspot.com.br/

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